quarta-feira, 18 de novembro de 2009

...e precisa?

Ontem foi dia de fórum (Yay...Not!). Foi engraçado até, porque eu tava com um humor bom, encontrei um companheiro de viagens, comi um lanchinho...tava bacana, vai, não dá pra reclamar.

Numa das minhas subidas pelo elevador, entraram dois advogados. Um jovenzinho muito distinto, usando a roupa de peão dos advogados, e uma "adevogadazinha" loira, com cara de nojenta. Dessa vez eu acertei na mosca, porque ela ERA realmente nojenta. Eles iam descer no 10º andar, onde fica a sala da OAB, e a fofa subiu dizendo o seguinte:

Dra. Loira Nojenta: Distintozinho, pega a sua carteirinha, porque eles pedem pra entrar.
Distintozinho: Ah, ok.

Aí começou:

Dra. Loira Nojenta: Ai que frescura...não sei pra que! Outro dia eu fui até lá, estava falando o número da carteira e uma mulher nojenta (olha quem fala!) me interrompeu e pediu pra mostrar a carteirinha. Ridículo!

(Distintozinho ficou calado, deu uma risada sem graça e ficou calado até o elevador chegar no 10º andar)

Dra. Loira Nojenta, deixa eu te explicar o porque NÃO é ridículo:

Alguma pessoa pode usar indevidamente o seu registro da OAB, aprontar alguma coisa, e a senhora arcar com as consequencias (droga de nova regra de português...gostava tanto do trema!), o que, na minha opinião, seria BEM FEITO. A senhora tem o que, preguiça de abrir a bolsa e pegar a droga de um pedaço de plástico?

Esse é um dos problemas com a maioria das pessoas aqui no Brasil. As pessoas SEMPRE buscam um jeitinho, acham exagerado qualquer método de controle mais rigoroso. São impacientes.

Se é identificação individual, personalizada. Se só pode entrar 1 pessoas por vez. Se não pode levar líquidos na bagagem, ou um mero cortador de unha. Se um funcionário do banco se ausenta do posto, é folgado, não quer trabalhar.

(Eu presenciei uma dessa. A antendente do caixa levantou e uma pessoa da fila gritou:

Estressadinho: Ô, você não tá vendo quantas pessoas tem aqui não? Vai sair daí com o banco cheio?

Ao que a antedente, calmamente, respondeu.

Atendente: Sim, vou. O senhor me permite ir ao banheiro?
Claro, existem os que realmente são folgados. Não vamos entrar no mérito. Mas essa moça tava se esforçando, tentando agilizar o máximo. Todo mundo viu isso. Menos o estressadinho.)

Intolerância e falta de cooperação. Falta de cidadania na minha opinião. Se esforçar um pouquinho pro bem coletivo. Eu fico PUTA quanto vejo alguém jogar lixo no chão, e reclamar das enchentes. Todo mundo diz que o país tá uma merda, a cidade tá uma merda. Atendimentos tão uma merda. Mas só querem que os outros se submetam às regras. Não eles. E se decidem criterizar alguma coisa, só chove críticas. E ainda tentam burlar o esquema!

Aí, quando são vítimas de alguma coisa por falta de fiscalização ou organização, ainda tem a pachorra de reclamar, chorar, processar.

Ué, não foi você mesmo que disse que as regras eram pura "frescura"?

sexta-feira, 16 de outubro de 2009

Tic$-Tac$

"Caramba!". Foi o que eu pensei quando acordei hoje e olhei no relógio. Não por causa da hora, mas por causa da data.

Já passamos da metade de outubro, rumo ao final do ano, festas de confraternização, família reunida e merecidas férias. Sim, porque só tenho férias mesmo no final do ano. E nem são férias de 30 dias, mas 20 dias de recesso.

Ontem uma amiga da minha irmã, da faculdade, foi em casa. Gosto muito dela, e o papo é sempre agradável. Depois que ela foi embora, fiquei pensando em como são as coisas.

A gente acostuma a ser dependente dos pais, das coisas, durante um tempão. Aí a gente cresce e tem que começar a tomar conta de si, correr e batalhar pra sobreviver. Caramba, será que teve uma linha separando isso tudo, que passou despercebida? As pessoas que a gente acostuma a ver no colégio, que não faz nada o dia inteiro, outra hora tá pagando aluguel, terminando serviço porque o chefe tá cobrando.

Aí nessas horas eu penso em como a gente é escravo disso. Do dinheiro. Do tempo. E que a nossa vida tá fadada a ser trilhada com base nisso. O "poder" e o "não poder" vão depender dessas duas coisinhas. Saco!

(suspiro)

Opa! Deixa eu ir agora, porque preciso terminar um serviço pra ganhar dinheiro, porque mês que vem eu tô cheia de conta pra pagar!

segunda-feira, 20 de julho de 2009

Tirando o pó...

Nossa! Blog totalmente abandonado!

Entrei na onda do Twitter agora, e, bom é mais fácil pensar em uma frase com 143 caracteres do que num post inteiro. Mas nesse tempo todo, muita coisa acontece:

- Minha irmã voltou de viagem
- Mudei de escritório
- Prestei concurso (e não passei, claro)
- Michael Jackson morreu
- Milhões de aviões caíram e mataram um monte de gente
- Ganhei uma aliança de compromisso
- Uma pessoa que eu amo descobriu que não tem o coração de gelo e tá namorado agora tb...(Yay!!!)
- Descobri que tem coisas mais difícil do que escritas nos livros

Esse ano o clima resolveu seguir bem a estação vigente. Inverno em São Paulo, um frio desgraçado (meus dedos tão congelando), e com esse tempo eu costumo ficar mais ranzinza e chata. E implicante. E carente.

É, meu namorado tá sofrendo um pouco. Ao contrário do termômetro, meu humor muda 180° em um nanosegundo.

Tô começando a perceber que vida real é um pouco mais complicada mesmo. Sabe quando a gente assiste um filme e vê o Felizes Para Sempre? Bom, pra isso acontecer mesmo a gente tem que se esforçar um bocado. É difícil falar por outra pessoa, mas no meu caso, eu tenho extrema dificuldade em mudar o que levei anos pra consolidar na minha cabeça. Cara, e mudar É difícil! Admiro as pessoas que resolvem, colocam na cabeça, lutam, caem, levantam e no final conseguem! (Será que dá pra contar quantos fizeram isso de verdade? Mas existe, né?)

Eu tô tentando. Juro. Tento demais, até chega a doer. Descobri que minha mente é mais forte do que eu pensava, e lutar contra ela vai ser uma batalha de espada e escudo.

Mas eu consigo. Porque eu sou forte.

Ah, e feliz dia do amigo!

quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009

Começou com um botão...

Pior do que saber PORQUE a gente é e se sente de tal forma, é NÃO SABER O POR QUE. Que raiva!!! Quando a gente não sabe, não há o que fazer. Tem que esperar passar.

Assisti ontem "O Curioso Caso de Benjamin Button". MA-RA-VI-LHO-SO. Um puta filme. Chorei no final (sério). Me fez pensar em como algumas coisas são do jeito que são, não tem muito explicação e a gente tem que encarar, passar por cima, aproveitar o que a gente tem. Como o Benjamin fez. Em nenhum momento do filme mostra ele se revoltando contra a condição dele, ou sentindo pena de si mesmo. Ele conheceu pessoas, tentou coisas novas, foi a lugares novos, nunca com medo ou receoso por sua condição.


Bom, além da história em si, tem o Brad Pitt e a Cate Blanchett. Adoro eles. A maquiagem e os efeitos do filme são fantásticos!!! A progressão do rejuvenescimento dele, e do envelhecimento dela foram notáveis. Conseguiram fazer ele parecer um rapaz de 18 anos!!! Indico pra todo mundo.

(Ganhou três Oscars. Preciso assistir "Slumdog Millionaire" pra saber se foi justo. Alias, o que foi esse Oscar??? Muito show a maneira que eles entregaram os prêmio dos atores.)

Por que eu pensei nisso tudo, no curso de 12 horas? Porque eu tô daquele jeito de novo. DAQUELE jeito, que ninguém entende e eu não consigo explicar. Sucks, hum?

Deixa pra lá.

Seguindo!


sexta-feira, 20 de fevereiro de 2009

Ai que dor...

"A dor é a forma de fazer o homem evoluir". Mas diz aí: aonde entra a cólica nisso tudo?

Sério. Todo mês eu tenho um revival de como seria minha vida se eu tivesse algum tipo de doença incurável, terminal. Cara, sentir cólica não é fácil. A coisa mais engraçada é você falar pra algum homem "Aiii que cóóólica" e ver a expressão de pavor estampada no rosto deles!

Minha mãe me disse hoje que essa dor, comparada a de parto normal, é 10 vezes menor. Mano, sério agora...1/10 DE DOR E EU JÁ TÔ ROLANDO NO CHÃO?!?!?!??? Parir então é o que? Vender a carcaça que sobrar do seu corpo pra alimentar os abutres? Acho que vou pensar duas vezes antes de ter filhos...

Mas hoje a tarde foi fogo. Nunca senti dor assim na minha vida. E uma coisa tão...(ahn) "natural", deixa a gente tão impotente. Eu tive a pachorra de deitar na sacada, tomar sol na barriga, pra ver se fazia as vezes de uma bolsa de água quente. Não resolveu.

O que deu jeito na tortura foi uma comprimidinho gelationoso amarelo. Ô milagre da ciência, viu.

Por isso eu acho que deviam ter mais investidores pras pesquisas na áreas médicas, viu. Não daquelas que vão inventar drogas mais potentes pros nossos amigos se doparem pra aguentar os plantões de 36 horas. Mas aquelas que vão ajudar as pessoas de verdade. A gente passa sem qualquer coisa. Mas sem saúde, e com dor, meu, não rola.

sexta-feira, 6 de fevereiro de 2009

Caminhando

Hoje de manhã bati o olho em um link que dizia: "Teste de Stress: veja em qual nível você está". Não posso dizer que fiquei surpresa pelo resultado ser: "PERIGO!!! Seu nível de stress está tão alto que você não consegue tomar suas decisões racionalmente, e com consciência". Ou alguma coisa do tipo (esqueci de copiar e salvar).

E é verdade. Eu tô escrevendo isso tudo borbulhando por dentro. Aquela sensação de raiva contida, de queimação interna (não só pela azia - estômago sensível é fogo), os dedos até tremendo. Eu preciso urgentemente consultar um cardiologista, por que se eu tiver coração fraco, adeus existência em pouco tempo.

Ontem a noite, aproveitando que eu estava sozinha a noite (não por opção =P), fui dar uma volta na rua, ver se tinha alguma coisa que eu tava com vontade de comer pra aliviar a tensão (é, eu tava sem o menor saco pra fazer comida). Nada do que eu queria ainda tava aberto (já eram mais de 20:00), então ferrei meu estômago comendo batata frita. Tinha acabado de chover, os bancos da praça estavam ensopados, mas pela primeira vez eu nem dei bola pra isso e sentei mesmo assim. A bunda gelou da água acumulada, mas não foi o suficiente e eu reclineu e me esparramei no banco mesmo, sem pensar em nada. Assim que eu chegasse em casa a roupa ia pra lavar mesmo. Quando eu olho pra cima, o raio da estátua de São José me encarando. Os sinos da igreja deram uma leve badalada, avisando as 20:30. Eu não conseguia pensar em nada. Geralmente quando eu sento em um lugar assim, eu penso e reflito um pouco sobre as coisas. Mas naõ consegui. Minha cabeça tava tão cheia de coisas, em parte também pelo filme q eu tinha acabado de ver em casa - histórias de pessoas com câncer não são exatamente o que se deve ver se a intenção é dar risadas.

Diante desse cenário típico de filmes do Woody Allen (sem ser em New York, claro), comecei a pensar se o que eu preciso é de uma mudança drástica. Eu admiro aquelas pessoas que tem uma fé daquelas absurdas de concretas e um otimisto que dá nos nervos. A coragem e vontade de mudar as coisas. De tentar do zero, de arriscar o certo.

As vezes tenho a sensação de que vou explodir por dentro. É uma angústia que eu nem sei explicar. Eu já senti saudades de alguma coisa que não conheço. Ou talvez de alguma coisa que não me lembro.

20:50 eu tive um estalo. "Vai pra casa", a vozinha disse. Como eu não sou besta de desobedecer esses comandos internos, me levantei, e andei bem devagar até o prédio. Só ouvindo música foi que eu consegui respirar fundo e deixar a água correr pela cabeça.

A realidade? As coisas estão meio confusas.