quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009

Começou com um botão...

Pior do que saber PORQUE a gente é e se sente de tal forma, é NÃO SABER O POR QUE. Que raiva!!! Quando a gente não sabe, não há o que fazer. Tem que esperar passar.

Assisti ontem "O Curioso Caso de Benjamin Button". MA-RA-VI-LHO-SO. Um puta filme. Chorei no final (sério). Me fez pensar em como algumas coisas são do jeito que são, não tem muito explicação e a gente tem que encarar, passar por cima, aproveitar o que a gente tem. Como o Benjamin fez. Em nenhum momento do filme mostra ele se revoltando contra a condição dele, ou sentindo pena de si mesmo. Ele conheceu pessoas, tentou coisas novas, foi a lugares novos, nunca com medo ou receoso por sua condição.


Bom, além da história em si, tem o Brad Pitt e a Cate Blanchett. Adoro eles. A maquiagem e os efeitos do filme são fantásticos!!! A progressão do rejuvenescimento dele, e do envelhecimento dela foram notáveis. Conseguiram fazer ele parecer um rapaz de 18 anos!!! Indico pra todo mundo.

(Ganhou três Oscars. Preciso assistir "Slumdog Millionaire" pra saber se foi justo. Alias, o que foi esse Oscar??? Muito show a maneira que eles entregaram os prêmio dos atores.)

Por que eu pensei nisso tudo, no curso de 12 horas? Porque eu tô daquele jeito de novo. DAQUELE jeito, que ninguém entende e eu não consigo explicar. Sucks, hum?

Deixa pra lá.

Seguindo!


sexta-feira, 20 de fevereiro de 2009

Ai que dor...

"A dor é a forma de fazer o homem evoluir". Mas diz aí: aonde entra a cólica nisso tudo?

Sério. Todo mês eu tenho um revival de como seria minha vida se eu tivesse algum tipo de doença incurável, terminal. Cara, sentir cólica não é fácil. A coisa mais engraçada é você falar pra algum homem "Aiii que cóóólica" e ver a expressão de pavor estampada no rosto deles!

Minha mãe me disse hoje que essa dor, comparada a de parto normal, é 10 vezes menor. Mano, sério agora...1/10 DE DOR E EU JÁ TÔ ROLANDO NO CHÃO?!?!?!??? Parir então é o que? Vender a carcaça que sobrar do seu corpo pra alimentar os abutres? Acho que vou pensar duas vezes antes de ter filhos...

Mas hoje a tarde foi fogo. Nunca senti dor assim na minha vida. E uma coisa tão...(ahn) "natural", deixa a gente tão impotente. Eu tive a pachorra de deitar na sacada, tomar sol na barriga, pra ver se fazia as vezes de uma bolsa de água quente. Não resolveu.

O que deu jeito na tortura foi uma comprimidinho gelationoso amarelo. Ô milagre da ciência, viu.

Por isso eu acho que deviam ter mais investidores pras pesquisas na áreas médicas, viu. Não daquelas que vão inventar drogas mais potentes pros nossos amigos se doparem pra aguentar os plantões de 36 horas. Mas aquelas que vão ajudar as pessoas de verdade. A gente passa sem qualquer coisa. Mas sem saúde, e com dor, meu, não rola.

sexta-feira, 6 de fevereiro de 2009

Caminhando

Hoje de manhã bati o olho em um link que dizia: "Teste de Stress: veja em qual nível você está". Não posso dizer que fiquei surpresa pelo resultado ser: "PERIGO!!! Seu nível de stress está tão alto que você não consegue tomar suas decisões racionalmente, e com consciência". Ou alguma coisa do tipo (esqueci de copiar e salvar).

E é verdade. Eu tô escrevendo isso tudo borbulhando por dentro. Aquela sensação de raiva contida, de queimação interna (não só pela azia - estômago sensível é fogo), os dedos até tremendo. Eu preciso urgentemente consultar um cardiologista, por que se eu tiver coração fraco, adeus existência em pouco tempo.

Ontem a noite, aproveitando que eu estava sozinha a noite (não por opção =P), fui dar uma volta na rua, ver se tinha alguma coisa que eu tava com vontade de comer pra aliviar a tensão (é, eu tava sem o menor saco pra fazer comida). Nada do que eu queria ainda tava aberto (já eram mais de 20:00), então ferrei meu estômago comendo batata frita. Tinha acabado de chover, os bancos da praça estavam ensopados, mas pela primeira vez eu nem dei bola pra isso e sentei mesmo assim. A bunda gelou da água acumulada, mas não foi o suficiente e eu reclineu e me esparramei no banco mesmo, sem pensar em nada. Assim que eu chegasse em casa a roupa ia pra lavar mesmo. Quando eu olho pra cima, o raio da estátua de São José me encarando. Os sinos da igreja deram uma leve badalada, avisando as 20:30. Eu não conseguia pensar em nada. Geralmente quando eu sento em um lugar assim, eu penso e reflito um pouco sobre as coisas. Mas naõ consegui. Minha cabeça tava tão cheia de coisas, em parte também pelo filme q eu tinha acabado de ver em casa - histórias de pessoas com câncer não são exatamente o que se deve ver se a intenção é dar risadas.

Diante desse cenário típico de filmes do Woody Allen (sem ser em New York, claro), comecei a pensar se o que eu preciso é de uma mudança drástica. Eu admiro aquelas pessoas que tem uma fé daquelas absurdas de concretas e um otimisto que dá nos nervos. A coragem e vontade de mudar as coisas. De tentar do zero, de arriscar o certo.

As vezes tenho a sensação de que vou explodir por dentro. É uma angústia que eu nem sei explicar. Eu já senti saudades de alguma coisa que não conheço. Ou talvez de alguma coisa que não me lembro.

20:50 eu tive um estalo. "Vai pra casa", a vozinha disse. Como eu não sou besta de desobedecer esses comandos internos, me levantei, e andei bem devagar até o prédio. Só ouvindo música foi que eu consegui respirar fundo e deixar a água correr pela cabeça.

A realidade? As coisas estão meio confusas.