terça-feira, 8 de abril de 2008

Hoje eu preciso pensar

Tem dias que a gente acorda no branco. Digo no branco porque parece que a vida tem um buraco, uma lacuna que a gente ainda não sabe como foi parar lá, muito menos como preenchê-la.

Hoje foi um dia desses.

Talvez pelo próprio clima, pelo céu cinza que eu vejo agora pela janela. Pelo barulho dos ônibus passando por cima do asfalto molhado. Lembrar de que hoje é um dia comum, onde as pessoas acordam e vão trabalhar. Talvez pensando em tudo. Talvez pensando em nada. Introspectos num mundo onde o acesso é extemamente restrito. A senha? Ninguém sabe.

A sensação de solidão não é uma característica física, mas um estado de espírito. As vezes milhões de pessoas ao seu lado não preenchem o espaço de uma só. Na maioria das vezes, de você mesmo. Nessa horas é dificil pensar em soluções, uma hora onde a pressão é esmagadora. Aquela chave pequenininha que fica no fundo da gaveta, sabe? Coberta por milhões de outras coisas que um dia foram importantes, cobertas por outras que são indispensáveis. E outras cruelmente necessárias.

O que me resta é caminhar. Caminhar por entre luzes e sons que eu não ouço. Procurar no menor dos objetos o consolo de um vida de fábulas. Uma vida onde a fantasia dita as regras, e onde o lágrima não tem vez. Sonhar com um futuro improvável, pra não dizer impossível. Mas ainda sim, esse pequeno objeto, consegue fazer o que muitas coisas diárias não conseguem: libertar o grito preso e o sorriso que estava, inexplicavelmente, trancado num canto do coração.

Um comentário:

Anônimo disse...

É hj tava que tava, eu tava com um sono absurdo.
Nem tudo o que parece é, nem o cinza nem o céu nem o triste, as vezes não passa de um simples disfarce das nuves pra esconder o sol que a la dentro.
Uma vez escondido não a como rouba lo, uma vez roubado sempre havera como devolve lo assim é o sol, se da a todos mais é só de um pra um que ele se da e somos nós que atribuimos o amor dado e qual a intencidade da luz, mas o sol se da na mesma intencidade sempre.
Amor vou emandando assim como o sol equidistante brilhantemente volatil ao girassol relutante eminentemente distante.